Depois do final eletrizante, mas um meio e início bem mais ou menos de Três Coroas Negras, minhas expectativas para o segundo livro da série, Um Trono Negro estavam baixíssimas. Ainda bem, pois assim não me decepcionei tanto.



                O segundo livro da série começa exatamente onde o primeiro terminou. Depois de Katherine ser jogada na fenda onde as rainhas perdedoras são jogadas, após o urso de Arsinoe quase ter matado Mirabella e após Arsionoe descobrir que é uma envenenadora e ter que deixar tudo em segredo.
                Nesse cenário é que o segundo livro começa e dá sequência ao Ano da Ascenção, com pretendentes chegando, eventos e demonstrações acontecendo e cada região tramando. No segundo livro temos uma visão muito mais realista das rainhas e o que cada povo deseja para o país. É visível as artimanhas e jogos que se passam por trás de cada “corte”. O povo que se salva mais são os naturalistas, porque apesar de gostar de Arsinoe, todos aceitaram que ela não se tornará rainha.
                Katherine, que era a única personagem que eu gostava foi literalmente estragada nesse livro. A menina voltou uma cobra! Ela está má, insensível e chata. Chata mesmo. Na verdade, das rainhas a única que consegui gostar (e foi mais ou menos) foi Arsinoe, porque simplesmente não creio que dá para ficar pior que as outras duas. Já Mirabella eu considero, apesar de ela ter melhorado muito nesse livro, uma mimada. Ela sempre teve tudo o que quis e não sabe como lidar que talvez ela não seja o que o povo quer.
                Apesar disso, alguns personagens como Jules e Caragh ganham maior destaque nesse livro e sinceramente, as duas são muito melhores que as rainhas! Quero Jules de protagonista! As rainhas, como personagens não cativam, a autora deu ênfase em coisas muito secundárias e alguns diálogos chegam a ser fúteis. Apesar disso, a narrativa é feita em terceira pessoa e passa pelas rainhas, tornando a visão de reino mais fácil.
                A leitura, entretanto, é arrastada e não apresenta nada de muito novo. Novamente duas não querem matar e uma quer. Novamente a tradição entra em risco. Novamente um livro que era para ser a mais pura demonstração de força feminina não é, tudo ainda gira em torno dos homens, como elas afetam eles e o que fazem para ficar com quem querem. Me poupe, eu esperava uma guerra gloriosa.
                Enfim, apesar de tudo isso, o livro não é ruim. Eu esperava algo totalmente diferente e embora o que acontece seja previsível, também há algumas surpresas ao longo de toda trama.
                E é isso pessoal! Vocês leram? Gostaram?
                Espero que tenham gostado e até a próxima!
A veroneira







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