Também não é segredo para ninguém que eu amo romances de época. Não sei se é porque as mocinhas sempre são destemidas e muito a frente de seu tempo, não sei se é porque meus olhos brilham toda vez que as autoras descrevem o momento em que os personagens se apaixonam, mas com toda certeza em O Último dos Canalhas o que fez eu me apaixonar foi Lydia.

                Lydia é uma personagem muito forte, ela é independente, faz de tudo para expor a realidade daqueles que não vivem na aristocracia e usa seu trabalho de jornalista para expor tudo o que ela sabe sobre os aristocratas. Ela não se importa nem um pouco com o que pensam dela e o que dizem ser o papel das mulheres na sociedade. Ela pode entrar em qualquer lugar permitido somente para homens e está pronta para qualquer afronta.
                Prova disso é que Vere, o duque de Ainswood e último Mallory que honra a canalhice do sobrenome, apanha logo no início do livro. Sim gente, ela bate nele. Claro que ele pensa que as mulheres foram feitas para servir aos homens, ele é arrogante e cínico, mas por dentro sofre com diversas mortes e com o peso de um título que nunca quis.
                É óbvio que a mocinha cheia de ideais inovadores não vai se dar bem com o mocinho, que passa a ir atrás dela em tudo que é lugar, mas no fim eles encontram um jeito de darem certo e é em um desses momentos que percebem que o sentimento que os invade é amor, não nojo, raiva ou desprezo, amor.
                Além disso, ao mostrar uma Lydia determinada a usar seu trabalho para desmascarar todos e mostrar tudo aquilo que não é visto nas classes desfavorecidas, a autora dá importância ao tema de maneira muito inteligente. Os personagens também cativam muito o leitor, pois Vere, apesar de mostrar uma primeira impressão negativa, faz Lydia perceber que ser forte não é se trancar para o mundo e que casar-se com alguém não é ir contra seus ideais e tornar-se submissa.
                Juntos os personagens amadurecem como casal e enfrentam coisas difíceis, pesadas e de certa forma dramáticas e engraçadas, passando por segredos, resgates e diversas enrascadas. Ademais, a narrativa da autora é muito divertida, cativante e faz o leitor refletir sobre alguns conceitos que geralmente não são abordados a fundo em livros do gênero.
                E é isso pessoal! Já leram? O que acharam?
                Espero que tenham gostado e até a próxima!
A veroneira






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