Hei
gente! Tudo bem com vocês? Hoje venho com mais uma resenha de um livro totalmente
diferente da nossa realidade. Com uma visão mais futurista e conceitos um tanto
quanto estranhos em relação a morte, O Ceifador foi uma grande surpresa e estou
esperando (e muito) pelo lançamento do segundo livro.
Citra e Rowan
são duas pessoas normais. Normais para o mundo deles, onde um programa de
computador (a Nimbo-Cúmulo) salvou a humanidade dela mesma. No mundo onde eles
vivem não existe doença, guerra, fome e consequentemente, não há morte, não há
morte por acidente, não há morte por velhice (inclusive as pessoas conseguem
escolher com que idade querem ficar/voltar) NÃO HÁ MORTE. Ótimo não?
NÃO.
Quando a humanidade deixou de morrer, o mundo simplesmente lotou e foi preciso
criar uma organização para dar conta disso. A Ceifa é quem cuida da morte e os
Ceifadores são aqueles que carregam a morte consigo.
Citra
e Rowan são duas pessoas normais (foi intencional). Até que cruzam com o
Ceifador Faraday e ele resolver que os dois possuem uma coisa que poucos têm:
humanidade. O Ceifador resolve admiti-los como aprendizes e a partir daí a vida
de ambos muda drasticamente.
Para
começar os dois são tirados de sua família e passam a conhecer o ofício dos
ceifadores (que é quase a única “crença” religiosa que esse mundo tem), mas
como nem tudo é flores, os ceifadores também têm disputa de poder e em um
Conclave (congresso de ceifadores) Citra e Rowan têm seu destino selado. Um
deles terá que morrer.
Me
surpreendi muito com essa leitura. Realmente não esperava que iria gostar
tanto. A escrita do autor é bem simples. Alguns momentos fluem de forma muito
rápida, já outros parecem não sair do chão. Há muita emoção e em algumas partes
fiquei muito comovida pela realidade em que eles vivem, mas o que eu gostei
mesmo foi o mundo.
O
mundo que o autor criou é simplesmente mágico. Pessoas vivem 200 anos e
conseguem sempre voltar o corpo ao estado de 20. Quando há um acidente a pessoa
é levada a um centro de revivificação (sim, elas voltam a vida!) a única forma
de morrer é pelas mãos de um ceifador e até por isso consegui me apaixonar. Não
por Goddard e sua corja que mata por prazer, mas por Faraday e Curie que sentem
compaixão pela alma que está deixando o mundo, que estão dispostos a perder
partes de si mesmos quando coletam (porque no mundo não é homicídio) a vida de
alguém.
Me
apaixonei de forma irrevogável por Citra (Rowan deixei de gostar quando certas
coisas aconteceram), ela é uma menina simples, ela tem medos, receios e uma
missão muito difícil. Ela se questiona o tempo todo, questiona os outros e quer
realmente descobrir o mundo, como ele é, como funciona, como as coisas
funcionam. Acho que todo mundo é um pouco Citra e por isso gostei tanto.
Apesar
disso algumas partes são bastante controvérsias e arrastadas. A narrativa que
focava em Rowan me aborreceu profundamente e por isso não consigo amar o livro
de paixão, só consigo amá-lo.
E
é isso! Vocês já leram? O que acharam?
Beijinhos
e até a próxima!
A veroneira