Hei
pessoal! Tudo bem com vocês? Hoje vim fazer a resenha de mais um romance de
época super amorzinho.
Seis
anos após a morte de seu marido, Anna Wren, a responsável pelas finanças da
casa se vê em uma situação um tanto inusitada. Tendo ela, sua sogra e uma
camareira/empregada/faz tudo para sustentar com tão pouco, Anna resolve
procurar um emprego, afinal ela é uma mulher estudada e independente.
O
trabalho de seus sonhos (ou quase) é encontrado na casa de Edward de Raaf, o
conde de Swartingham, que diferente de todos os outros condes, não é nada
gentil. Ele é mal-humorado, taciturno e grosso, o que faz com que o trabalho de
Anna se torne um desafio, que, diga-se de passagem, ela enfrentou melhor que
muitos homens.
Logo
que começam a trabalhar juntos, Anna e Edward começam a sentir atração um pelo
outro. Primeiramente é inteiramente física, porém com o tempo ela vai
evoluindo, o que ambos não entendem. Diferentemente de outros livros, os
protagonistas são pessoas mais comuns. Anna é forte e decidida, mas é uma
mulher comum, até mesmo Edward estranha o fato de sentir atração por alguém tão
“sem sal”. A única coisa diferente de Anna são seus lábios, que atraem Edward
desde o início. Já Edward faz um tipo mais peludo, magro e é marcado por
cicatrizes de varíola.
A
atração que ambos sentem começa a incomodar ambos e quando Edward não aguenta
mais, ele viaja até Londres para encontrar um pouco de paz no Grotto de
Aphrodite. Anna, como não é burra nem nada, descobre aonde Edward vai e usa a
influência de Pearl (uma prostituta que ela salvou) e Cora para entrar no
bordel de luxo e realizar suas fantasias com Edward.
Interessante
saber que o Grotto de Aphrodite, além de ser um bordel de luxo, permite que as
mulheres usem máscaras para realizarem suas fantasias e é assim que Anna tem
todos os seus desejos realizados com Edward. Essa parte do livro, além de
conter cenas explicitas, trata de um assunto muito delicado, defendendo que as
mulheres têm sim desejos, sonhos, fantasias e todo o direito de realiza-las.
Além
disso, o livro também fala (e muito) sobre a culpa que Anna carrega de nunca
ter tido filhos, sendo que a culpa por não ter tido um casamento ideal recai em
cima dela e não no marido lixo que ela tinha. Esse também é um dos principais
motivos por ela hesitar tanto quanto a sua atração e sonhos com Edward.
Também
temos no livro uma questão mais emocional, pois ambos tiveram vários traumas
anteriores que constituíram suas personalidades. Ambos são viúvos e sofreram
com isso. Além disso, Edward é o último de sua família, que morreu de varíola.
As consequências desse sofrimento são muitas e é interessante como a autora
traz isso para a história.
Sobre
o aspecto da escrita, o livro é engraçado, tenso e muito, muito explícito,
então CUIDADO. A autora encontra na terceira pessoa uma narrativa muito gostosa
que perpassa entre Anna e Edward, nos dando uma visão mais completa da
história. Cada capítulo também conta à história que deu origem ao título do
livro, sendo ele um livro “dois em um”. Ambos os enredos são muito
interessantes e dá vontade de ler somente o conto para poder se prender somente
a ele.
Agora quanto a edição: que coisa
mais linda! A capa, os capítulos, tudo está muito bem pensado e identificado,
sendo fácil ver de que série o livro se trata. Adorei!
Então é
isso pessoal! Vocês já leram? O que acharam?
Espero
que tenham gostado e até a próxima!
Beijinho
A veroneira